A sequência narrativa é a forma como um texto é escrito e transmitido
pelo autor, com qual ênfase é apresentado ao leitor, escrevendo uma
sucessão de acontecimentos, seja de forma dissertativa,
injuntiva, argumentativa, dentre outras. Abaixo encontramos algumas sequências
importantes que podem estar presentes em uma narrativa.
Sequência narrativa temporal –
É quando os fatos, reais ou
fictícios, são apresentados em ordem cronológica de acontecimentos, quando a
cada prelúdio de um desfecho um novo ponto de partida já está à espera. Abaixo,
encontramos um exemplo claro de uma sequência
narrativa temporal; acompanhamos um pequeno trecho da trajetória de uma
personagem, que nos é iniciada no começo de uma guerra contra um feudo, passa
por alguns acontecimentos seguintes, e finalmente retorna a personagem à sua
casa.
Sequência narrativa por ordem de importância –
O que vem primeiro e o que vem
depois; é basicamente desse jeito que se explica esse tópico. O autor
faz a escolha do que é importante aparecer primeiro e o que pode ser secundário,
todavia, os acontecimentos podem se entrelaçar e mostrar ao leitor que não
precisamente o que foi apresentado primeiro no texto seja o mais importante. Numa
alusão, podemos comparar a sequência
narrativa por ordem de importância com a angulação, que como apresentado no post anterior: é em o que o autor dará foco, de acordo com escolhas
próprias ou de terceiros. No exemplo abaixo, a matéria do veículo Folha de S.Paulo, nos retrata uma
questão de quase escravidão numa fazendo em Espirito Santo. Inicia comentando sobre
as 38 pessoas mantidas naquelas condições precárias, dando ênfase nos quatro
menores de 16 anos; em seguida fala de quando foi o flagrante; sobre as crianças
de 4 a 6 anos que preferiram permanecer na fazenda; sobre as condições do
local; e por ultimo, o tempo que aquelas pessoas estavam ali e sem nenhuma
remuneração.
Personagem
plano –
São os personagens que não mudam com as circunstancias,
que permanecem os mesmos, sem evolução psicológica. Desde o começo já sabemos
qual é o seu propósito e ele permanece quase que inalterado durante todo o
enredo, por exemplo, vilões e mocinhos – muito representados em novelas,
historias em quadrinhos, cinema, etc. – que geralmente começam e terminam
destarte, podendo obviamente ter variáveis, dessa forma, transformando-se um personagem esférico (segue no próximo tópico).
Personagem esférico –
Personagens com alta densidade psicológica,
que possui inúmeras facetas, tem profundidade, e não são analisados apenas por
um lado. São personagens que tendem a estarem mais próximos da realidade, pois
transmitem muito da psicologia humana; dos problemas “reais”. Alguns exemplos
são os heróis contemporâneos que tem em sua construção muito de anti-herói; os
vilões ou mocinhos de televisão ou cinema que começam com seu papel definido e
ao longo da trama tendem a modificar o pensamento e atitude. Um exemplo são os
personagens de Hayao Miyazaki em O Castelo Animado, de 2004; embora
inicialmente nos seja apresentado à finalidade aparente de cada personagem,
durante a trama cada um vai mostrando diversas matizas em sua personalidade,
transformando-os em personagens não maniqueístas.
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